A Rede Solidária Cata-Vida retomou o projeto de extrusão de polietileno, através da Divisão de Polímeros com sede em Sorocaba. O polietileno é o componente de plástico presente em produtos como garrafas d’água, baldes e mangueiras. Este material, em granulado, agrega valor ao plástico oriundo da coleta seletiva e que beneficia toda a cadeia produtiva, principalmente as cooperativas de reciclagem.
O processo de extrusão (granular em miçangas) é extenso e tem início nas 19 cooperativas que integram a Rede Cata-Vida, com a coleta dos materiais em grande quantidade para a compensação de todo o processo. Após triagem, eles seguem à Divisão Polímeros. De lá, os polietilenos passam pela lavagem, trituração e extrusão. “Nosso objetivo é fortalecer a comercialização deste material e fomentar a coleta do mesmo, nas cooperativas”, explicou o presidente da Rede Cata-Vida, Darci de Oliveira.
A retomada do processo de extrusão beneficia também a parceria Inter Redes, fechada entre a Rede Cata-Vida e Reciclamp, de Campinas, e mais recentemente firmada com a Rede Paulista, da capital São Paulo. “Tomamos esta decisão, quanto Inter Redes, há meses, após grande estudo e pesquisa da viabilidade financeira. É um passo importante e progressista e exigirá ainda mais do Inter Redes no que corresponde à administração e verticalização destes produtos”, explicou o presidente da Reciclamp, Valdeci Aparecido Viana.
O projeto saiu da incubadora em 2013, após interesse da Rede Cata-Vida em fortalecer a venda de plásticos, e contou com o apoio maciço do Centro de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento, Emprego e Cidadania (CEADEC) para o financiamento do projeto através do Governo Federal. Não se calcula ao certo quantos quilos de granulados é possível produzir em um mês, mas a expectativa dos mais de 300 catadores e catadoras que compõe a Rede são as melhores possíveis.