Artigo

5 de Junho - Dia Mundial do Meio Ambiente _ Reflexão 'Carta da Terra'
05/06/2017

“Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que, nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações”. Carta da Terra


 Neste 05 de junho – Dia Mundial do Meio Ambiente, resgatamos a reflexão e o que nos propõe o próprio texto da Carta da Terra, a declaração universal dos povos sobre a sustentabilidade. Ela aponta que, diante do momento crítico que vivemos, a “humanidade deve escolher o seu futuro”, reconhecendo que, “no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum”.

Diz ainda o texto que “devemos nos juntar para gerar uma sociedade sustentável global fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz”. Para atingir esse propósito, a Carta da Terra propõe que nós, “os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade de vida e com as futuras gerações”.

Ainda segundo a declaração, “a escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida”. Para que não corramos esse risco, a Carta da Terra prega que “são necessárias mudanças fundamentais em nossos valores, instituições e modos de vida”. Ou seja, “devemos entender que, quando as necessidades básicas forem supridas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais e não a ter mais”.

No entendimento das mais de 4.500 organizações de todo o mundo que participaram dessa reflexão para elaborar a Carta da Terra, nós, seres humanos, “temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos no meio ambiente”. E que “nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados e juntos podemos forjar soluções inclusivas”.

Creio que essa reflexão sintetiza nossa compreensão sobre o problema e acredito que essa “corresponsabilidade” pela sustentabilidade (ou pelo nosso futuro comum) enfatizada pela Carta da Terra, está, sim, sob o domínio de cada um de nós. Certamente há ações que estão na esfera macro, que dependem das decisões dos governos ou das parcerias entre governos e sociedade, mas há iniciativas simples, que estão ao alcance de cada um de nós, cidadãos.

E só para citar uma dessas iniciativas - ligada a um tema que nos é muito próximo, ressalto a importância de cada um de nós participarmos ativamente da coleta seletiva – separando os materiais recicláveis e entregando estes materiais aos catadores de materiais recicláveis. Este é apenas um dos vários exemplos de contribuição com a causa da sustentabilidade e da ecologia que podemos mencionar.

A coleta seletiva dos resíduos sólidos é o primeiro passo para viabilizar a reciclagem - o retorno dos materiais recicláveis ao ciclo de produção, a partir da reutilização da matéria-prima para fabricação de novos produtos. A coleta seletiva e a reciclagem são fundamentais para a construção de cidades sustentáveis e socialmente inclusivas. São políticas públicas consideradas prioritárias pela Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que estabeleceu metas importantes para toda a sociedade. Por exemplo, os lixões deverão ser erradicados nos municípios brasileiros e a coleta seletiva com inclusão dos catadores organizados em cooperativas também é outra diretriz da nova lei.

Se considerarmos que em muitos municípios brasileiros os resíduos sólidos ainda são encaminhados para os lixões a céu aberto, comprometendo recursos, prejudicando o meio ambiente e causando riscos à saúde da população, e que a maioria dos municípios ainda não elaborou ou implantou os Planos Municipais de Resíduos Sólidos, conforme previsto na lei, vemos que há muito ainda a caminhar.

Rita de Cássia Gonçalves Viana, presidenta do Ceadec e Coordenadora Geral do  Escritório Nacional do Cataforte.

 

 O que você pode fazer pelo meio ambiente

 Separe o material reciclável

Você sabia que, no Brasil, cada pessoa produz entre 300 a 500 gramas de lixo por dia?

  • Todos somos responsáveis pelo destino do lixo que geramos. A separação do material reciclável em nossa casa ou no local de trabalho é o primeiro passo para a prática da coleta seletiva. A coleta seletiva promove a destinação correta dos materiais recicláveis para a reciclagem, evitando que estes materiais sejam jogados nos lixões, a céu aberto, ou nos aterros sanitários.

Você sabia que o lixo é um grande problema para as sociedades contemporâneas?

  • Separe os materiais recicláveis e encaminhe os produtos para a coleta seletiva.

 Os benefícios da coleta seletiva

  • Diminui a exploração dos recursos naturais
  • Evita a poluição do solo, da água e do ar
  • Melhora a limpeza da cidade
  • Possibilita o reaproveitamento de materiais que iriam para lixões ou aterros sanitários
  • Prolonga a vida útil dos aterros sanitários
  • Reduz o consumo de energia para fabricação de novos bens de consumo
  • Diminui o desperdício
  • Diminui os custos de produção nas indústrias
  • Diminui os gastos com a limpeza urbana
  • Gera renda para os catadores de materiais recicláveis
  • Incentiva o fortalecimento das associações e cooperativas de catadores

 Atitudes sustentáveis

  • Não jogue lixo na rua ou pela janela do carro.
  • Aproveite integralmente os alimentos para evitar desperdícios.
  • Doe livros, roupas, brinquedos e outros bens usados que, para você, não têm mais serventia, mas que podem ser úteis a outras pessoas.
  • Leve sacola própria para fazer suas compras, evitando pegar as sacolas plásticas fornecidas nos supermercados. Se levar para casa as sacolas, reutilize-as como saco de lixo. Para o transporte de compras maiores, utilize caixas plásticas ou de papelão.
  • Procure comprar produtos reciclados - cadernos, blocos de anotação, envelopes, utilidades de alumínio, ferro, plástico ou vidro.
  • Escolha produtos que utilizem pouca embalagem ou que tenham embalagens reutilizáveis ou recicláveis.
  • Não jogue lâmpadas, pilhas, baterias de celular, restos de tinta ou produtos químicos no lixo. As empresas que os produzem estão sendo obrigadas por lei a recolher muitos desses produtos.
  • Utilize os dois lados da folha de papel para escrever, rascunhar ou imprimir.
  • Enfim, pratique os 3 Rs: procure reduzir a sua quantidade diária de lixo, reutilizar produtos e embalagens e separar os materiais recicláveis, contribuindo assim com a reciclagem.

 

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